quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Hospital Universitário, referência no Sertão de PE, está superlotado

No Hospital Universitário de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, a lotação é reclamação de pacientes e familiares. Na sala de emergência, classificada como vermelha e que recebe pacientes em estado grave, apenas 5 leitos estão disponíveis. A situação é semelhante na sala verde, para onde são encaminhados pacientes considerados de menor gravidade e que possui 12 leitos. Nesta terça (17), 31 pacientes são atendidos nos corredores. Na unidade de terapia intensiva 16 pacientes estão internados. É a capacidade máxima da UTI.
Além da lotação, a demora é denunciada por pacientes do HU. Pelo sistema de pactuação do SUS, o hospital recebe pacientes de 52 municípios por ser especializado em atendimento a vítimas de acidentados de trânsito. A cobertura em população é de cerca de 1,8 milhão de pessoas.
A educadora Auzeni Rodrigues dos Santos, de 33 anos, está acompanhando um primo internado depois do acidente de moto na proximidades de Cabrobó-PE. A vítima foi encaminhada para o Hospital Universitário de Petrolina. A educadora denuncia que o acidentado chegou no hospital por volta da 22 horas do sábado (14) e não tinha sido atendido até o início da tarde do domingo (15).
A parente da vítima conta que presenciou diversas situações semelhantes à de seu primo sobre a demora do atendimento. “Tinha um garoto de 22 anos também acidentado, em situação mais grave que meu primo e que no domingo ainda não tinha sido atendido”, relatou Auzeni Rodrigues.
O coordenador geral de cirurgias do HU, Hugo Alessi, admite a lotação. “Enquanto nós atendemos 3 ou 4 pacientes, chegam de 6 a 8 novos. Isso, em uma conta simples, reflete na superlotação. Chega um momento que o hospital chega à sua capacidade máxima de atendimento”, argumentou.
De acordo com informações da assessoria do hospital, 81% dos atendimentos é de acidentados de moto. No último final de semana foram realizados 60 atendimentos em ortopedia e neurologia. Para o coordenador, alguns pacientes acidentados poderiam ser atendidos em hospitais menores. “Acidentados com menor gravidade poderiam ficar no municípios circunvizinhos, por exemplo, em Ouricuri-PE”, sugeriu.

 A lotação no HU provoca problemas de estrutura nos serviços de socorro do Corpo de Bombeiros e do Samu. Como o número de macas não é suficiente, os pacientes que são encaminhados ao hospital acabam sendo atendidos ou ficam internados no equipamento das unidades de socorro. A consequência disso é que o Corpo de Bombeiros e também o Samu deixam de atender a população por falta de macas nas viaturas.
“Nós temos que acomodar o paciente, e por causa da grande quantidade, não temos macas suficientes.  Isso é na própria maca”, justificou Hugo Alessi. Ele sugere uma discussão entre os papéis de cada participante no atendimento, que envolve ambulância e hospital. Segundo o coordenador, as dificuldades não podem ser analisadas isoladamente.

 G1/PE
 BLOG DO ADALBERTO PEREIRA
Música e Informação com Imparcialidade!

Nenhum comentário:

Postar um comentário